Em uma das minhas muitas deambulações sobre o amor e a liberdade, dei por mim a pensar em andorinhas, tidas como o símbolo do amor eterno, da lealdade e da família. Voltam, quase sempre, ao mesmo local onde já fizeram o ninho e anunciam, com a sua chegada, a primavera, a estação dos amores e das paixões.
Tenho para mim que amor que não rime com liberdade, não nos serve, e que só poderá ser eterno de mãos dadas com a mesma, porque nos permite voar, realizar sonhos e construir amor próprio, sabendo que temos sempre o nosso ninho para onde regressar.
Amores que aprisionam, que nos sufocam com exigências e ciúmes excessivos, que nos castram e diminuem, não nos servem.
Se pudermos voar, a probabilidade de querermos voltar será maior! Se nos prendem, perdemos o brilho, a luz e a esperança. Uns tenderão a conformar-se, outros, mais audazes e confiantes irão embora para não mais voltar.
Procure amores e pessoas andorinha! Para que possa crescer e ser mais feliz, sendo leal a si próprio! Construa famílias com sol por dentro! Nas quais é permitido ter pensamento crítico e voar em diferentes direções, sabendo que há sempre um ninho para onde voltar!
Seja também uma andorinha na vida dos que ama, na reciprocidade, no amor e na lealdade sempre em infinita liberdade!
Publicado a 03/11/2023 no Diário do Distrito